domingo, 26 de dezembro de 2010

Manifesto Saudosista


      Somos pessoas comuns, contudo preocupadas com a contemporaneidade artística. Preenchidas de saudade, inclusive das coisas que não vivemos, damos início a este espaço de discussão. Não vivemos nenhuma revolução da música, cinema, artes plásticas, teatro, mas carecemos de todas elas no sentido de que nossa vida é curta, a sociedade é um amontoado de consumo e sem espaço para valorização do que é humano e belo. Por falar em amontoado de “enlatados artísticos”, hoje vemos aberrações produzidas pela indústria cultural, as quais viraram subitamente referências para essa geração. Defendemos o oposto disto, formas artísticas para além da indústria cultural e espaços em que a produção da arte seja acessível a todas e todos. Isso não significa que defendemos um modo de arte intelectualizada e restrita aos muros das academias, defendemos uma arte totalmente livre. Estamos dispostas a ir até as últimas conseqüências para investigar o que possibilitou essa derrota da arte e reivindicar o que realmente é considerável de qualidade. A arte pra ser livre e deveras de qualidade precisa surgir do cotidiano das pessoas, seus anseios, suas paixões, suas experiências e sua visão de mundo em um determinado tempo, na contra mão da alienação, promovendo um contato mais radical consigo e com o mundo. Confessamos que ainda há dúvidas a cerca da arte nos dias de hoje, mas vamos amadurecer a idéia de defender que ela existe e assim iremos valorizar o que já foi produzido de bom.

2 comentários:

  1. Subscrevo este manifesto com minha alma.


    ass.: uma artista presa em um calabouço de preguiça e acomodação

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